Nos últimos anos, vivenciamos grandes fenômenos que afetam o nosso clima e meio ambiente, tais como enchentes, desmatamentos e queimadas. Muitos desses vêm sendo algumas provocados pelo próprio homem. Além disso, a ameaça à camada de ozônio. Este é um verdadeiro conjunto de eventos que comprometem o planeta de forma catastrófica.
Neste sentido, é emergencial à escola implementar a educação ambiental, qualificando os professores e ampliando o debate sobre a preservação ambiental junto aos alunos de todas as idades e séries, em razão de uma sociedade em constante transformação.
Com a Constituição Federal de 1988, a Educação Ambiental deve ser promovida em todos os níveis de ensino. Da mesma forma, a sociedade em geral também deve conscientizar-se.
O capítulo III da CF/88 da educação e do desporto, destaca:
Art.205 – A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vê Educação Ambiental como transversal para todas as áreas, não como algo exclusivo das Ciências da Natureza.
Podemos citar como exemplo algumas habilidades da BNCC relacionadas à Educação Ambiental:
(EF05GE10) Reconhecer e comparar atributos da qualidade ambiental e formas de poluição dos cursos de água e dos oceanos.
(EF09CI13) Propor iniciativas para a solução de problemas ambientais da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade.
A Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB) orienta implementar na escola, de forma eficaz, a educação ambiental. Isso porque o sistema escolar é um dos canais privilegiados para a sua difusão e prática. Na escola, é possível trabalhar a concepção, de forma gradativa e bem-sucedida, de que preservar o meio ambiente é assegurar a sobrevivência das gerações futuras.
Logo, a escola deve realizar projetos na área, propondo a abordagem desses temas integradores através da fundamentação socioambiental, política, econômica, cultural e antropológica do meio.
Em sala, os alunos precisam realizar o estudo e o aprofundamento dos temas a partir da problemática ambiental com ênfase na instrumentalização teórica para elaboração e construção coletiva das bases do processo educativo ambiental. Assim, a escola visa transformar a informação em conhecimento, considerando o processo de ensino-aprendizagem a partir das necessidades básicas do ser humano.
O princípio básico que deverá nortear as atividades de educação ambiental formal é o de estimular a abordagem interdisciplinar dos conteúdos ambientais, trabalhando-os de forma transversal ao currículo básico dos diferentes componentes curriculares já indicados na BNCC.
A educação ambiental formal tem como principal instrumento a escola. No entanto, para que o tema seja incorporado ao cotidiano escolar, por intermédio das áreas do conhecimento, e não apenas se mantenha como excepcional em semanas ou atividades comemorativas, é necessária uma proposta de ação contínua.
Para contribuir efetivamente na ampliação e no enriquecimento da questão ambiental na escola, é fundamental que a escola desenvolva um projeto de educação ambiental. Isso significa propor ações não especificas por disciplina, abrangendo as diferentes áreas do conhecimento e servindo de meio estimulador de algumas ações de educação ambiental,
Elas devem ocorrer dentro do sistema formal de ensino, junto à rede escolar pública municipal, com produção de materiais técnicos específicos, capacitação de professores e estímulo aos diferentes atores envolvidos na execução do projeto.
Isso deve partir de uma abordagem interdisciplinar que vise à criação e à formação de valores e atitudes, apropriação de conhecimentos e incorporação de práticas e comportamentos ambientais adequados. Com projetos como esse, podemos, juntos, construir uma sociedade com melhor qualidade de vida.
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