Sempre nos preocupamos muito com a saúde de nossos filhos. Qualquer sinal de febre, levamos ao hospital ou ministramos um antitérmico. Cuidamos da higiene e da alimentação. Mas como estamos cuidando da saúde mental da criança e do adolescente?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1 a cada 5 crianças ou adolescentes no mundo sofram de algum transtorno mental. Até 75% dos transtornos surgem até os 18 anos.
Algumas causas têm sido estudadas pelos médicos como grandes riscos à saúde mental da criança. São elas:
Em muitas realidades, nossos pequenos têm agendas lotadas. Escola, ballet, judô, curso de inglês, natação, entre tantos outros compromissos. Logo, eles não têm tempo para brincar e ser criança e muito menos para errar. É um excesso de cobrança pela perfeição que não existe!
As crianças são um imenso grupo de risco para violência física e verbal, abuso sexual, negligência, falta de afeto e desnutrição que, obviamente causam prejuízos muitas vezes irreversíveis para a saúde física e mental.
Sabemos que a TV e, mais atualmente, os tablets e celulares são um grande divertimento. Entretanto, as crianças têm passado muito mais do que o tempo recomendado na frente de telas e, consequentemente, com muito menos tempo de contato humano real.
Não falamos aqui de separações de casais, mas na separação de pais e mães dos filhos, brigas na frente das crianças, culpabilizações, além do abuso de álcool (aquela cervejinha todo final de semana conta!) e drogas.
A criança está aprendendo a se organizar em todos os aspectos. Ter rotina significa ter hora pra tomar banho, para estudar, comer, brincar, como também estar com os pais, divertir-se, dormir. Além disso, contar com espaços adequados para as atividades é essencial para a formação do cérebro infantil.
Portanto, se essas são as causas prejudiciais à saúde mental da criança, devemos então buscar a prevenção, que pode ser feita com atitudes simples.
#1 Tenha uma rotina estruturada, que inclua tempo com a família para brincar, se movimentar, conversar (faça perguntas informais!) e contemplar, afinal crianças também precisam de silêncio e contemplação;
#2 Limite o tempo de telas a 1 hora por dia, no máximo, para TODA a família, incluindo você (sem contar o tempo do trabalho, porque desse não dá pra fugir, né)!
#3 Seu filho não precisa de tantas atividades e nem de tantos brinquedos. Priorize a partir das escolhas dele e sempre encoraje escolhas positivas!
#4 Valorize mais o tempo com ele do que os presentes. Seu filho não precisa de mais um brinquedo, pelo contrário, ele precisa de tempo de qualidade com você. Então, tenha horários para estar junto com a família. Uma boa ideia é fazer leitura para a criança, com livros de literatura que desenvolvem o letramento e a imaginação.
#5 Mantenha suas promessas, pois nada desenvolve mais segurança e confiança em uma criança do que pais assertivos e cumpridores de promessas.
Crianças não vêm com manual de instruções e você pode sim ser um pai ou uma mãe melhor. Caso tenha dificuldades, busque terapia ou um coaching familiar para vocês.
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