A educação está em constante evolução, e, consequentemente, a formação de professores precisa acompanhar essas mudanças. Em 2025, novos desafios e oportunidades surgem, exigindo que os educadores estejam preparados para enfrentar um cenário em transformação.
Nesse sentido, portanto, vamos explorar alguns temas fundamentais para a formação de professores ao longo de 2025 e que precisam de atenção nos próximos anos.
A princípio, com o avanço da tecnologia, é imprescindível que os futuros professores sejam proficientes no uso de ferramentas digitais. Além disso, a integração da tecnologia na sala de aula não deve ser apenas uma adição; pelo contrário, deve ser uma parte essencial do processo de ensino-aprendizagem. Logo, os educadores precisam aprender a utilizar plataformas de ensino online, recursos interativos e aplicativos educativos que podem enriquecer a experiência dos alunos.
Apesar da recente lei aprovada em Congresso que proíbe o uso de celulares e demais aparelhos eletrônicos pelos alunos em sala de aula, a tecnologia ainda pode sim ser utilizada no ambiente escolar, desde que para fins pedagógicos.É sobre essa ressignificação que deve ser a pauta das formações, uma vez que os professores precisam entender, mais do que nunca, as intencionalidades pedagógicas por trás dos recursos de tecnologia da informação e comunicação.
A diversidade nas salas de aula é uma realidade crescente. Contudo, a formação de professores deve incluir a capacitação para lidar com diferentes necessidades e estilos de aprendizagem. Isso implica em compreender as práticas da educação inclusiva e desenvolver estratégias que atendam a todos os alunos, independentemente de suas habilidades ou origens.
Uma estratégia aliada dos professores nesse sentido é o uso de materiais didáticos que auxiliem no processo de inclusão escolar.
As competências socioemocionais são essenciais para o desenvolvimento integral dos alunos. Portanto, os professores precisam ser treinados para promover ambientes que incentivem a empatia, a resiliência e a colaboração. Ainda assim, devem conseguir identificar e apoiar os alunos que enfrentam dificuldades emocionais ou sociais.
Promover formações focadas para o desenvolvimento das competências e habilidades socioemocionais com os professores é bastante importante, pois eles são o principal canal com o aluno. Logo, é no professor quem o aluno enxergará a pessoa que vai ajudá-lo a conhecer e lidar com as próprias emoções.
Quando estamos falando em crianças pequenas, desenvolver competências socioemocionais por meio da literatura pode ser uma excelente ferramenta.
Ademais, o conhecimento não é dividido em compartimentos estanques; por isso, a formação de professores deve incentivar abordagens interdisciplinares.
Falamos aqui sobre o desenvolvimento de saberes que levam em consideração duas ou mais disciplinas ou áreas do conhecimento. A própria Base Nacional Comum Curriculgar foi toda pautada nessa transversalidade entre as áreas.
Assim sendo, os educadores devem se capacitar para conectar diferentes disciplinas e promover projetos que integrem saberes variados, estimulando o pensamento crítico e criativo dos alunos.
Com as crescentes preocupações sobre as mudanças climáticas e a sustentabilidade, é crucial que os futuros professores recebam formações sobre questões ambientais.
Dessa forma, eles precisam incorporar temas relacionados à sustentabilidade em suas aulas, preparando os alunos para serem cidadãos conscientes e responsáveis.
Neste ano, no Brasil, a pauta ganhará muito mais força, pois será realizada, pela primeira vez no país, a COP 30. Este é um grande evento que reúne países de praticamente todo o planeta para discutirem sobre questões climáticas e ambientais e o que cada nação pode fazer para reverter o quadro assustador que já vivemos.
Com o aumento da presença digital na vida cotidiana dos jovens, é fundamental que os educadores ensinem sobre ética e cidadania digital. Isso inclui discutir questões como segurança online, privacidade e comportamento responsável nas redes sociais.
Hoje em dia, com o advento das redes sociais, houve uma desenfreada exposição de crianças e jovens nelas, como também o uso irrestrito e, por vezes, irresponsável da inteligência artificial.
O professor, desse modo, deve atuar como um agente que incentiva o uso consciente dessas ferramentas, que vieram para ficar na sociedade. No entanto, para isso, ele próprio ser essa personagem, precisa compreender de fato as problemáticas por trás do mau uso das redes sociais e da IA.
As metodologias ativas colocam o aluno no centro do processo educativo, promovendo uma aprendizagem mais significativa. Assim sendo, a formação deve incluir práticas como aprendizagem baseada em projetos, ensino híbrido e gamificação, permitindo que os futuros educadores desenvolvam habilidades para engajar seus alunos de forma inovadora.
Por fim, entendemos que a avaliação não deve ser vista apenas como um momento final de verificação do aprendizado; ela precisa ser integrante do processo educativo. Os professores precisam se capacitar para realizar avaliações formativas que ajudem no acompanhamento do progresso dos alunos e na adaptação das estratégias de ensino.
A formação de professores é um instrumento validado por lei, presente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996. É a partir dela que os profissionais de sala de aula desenvolvem novas habilidades para promover um processo de ensino e aprendizagem mais dinâmico e assertivo.
Desse modo, a formação de professores em 2025 deve ser dinâmica e adaptável às novas realidades da educação. Ao abordar esses temas importantes, prepararemos educadores mais completos e prontos para enfrentar os desafios que já estão postos hoje. O papel do professor se torna cada vez mais crucial na formação de cidadãos críticos, criativos e conscientes.